quarta-feira, 8 de abril de 2009

Modelos Pedagógicos

Em minha opinião o ensino deveria ser de acordo com a necessidade e a realidade dos nossos alunos. Ele deveria ser flexível, interessante e desafiador. O ensino precisa levar o aluno a experimentar, confrontar, interagir, explorar, investigar, comparar para saciar sua curiosidade, dando continuidade da sua experiência, respeitando a individualidade e as limitações de cada um.

Lendo o texto de Fernando Becker, é possível compreender os modelos pedagógicos e epistemológicos com maior clareza. Tendo como primeiro modelo aquele onde o professor é a autoridade máxima na sala de aula, o senhor supremo da verdade.
Embora ultrapassado, vemos até hoje seu reflexo. É comum vermos professores falando que não são tradicionais, entenda-se por pedagogia diretiva, e que trabalham de forma diferenciada, ou seja, as classes não são mais enfileiradas, mas por vezes a forma de trabalhar é a mesma, com alunos em silêncio, apenas ouvindo e reproduzindo aquilo que o professor passa, sem discutir, experimentar, comparar, sem trocar idéia com os colegas. Na própria escola que trabalhamos é fácil encontrar um número expressivo de colegas que se intitulam construtivistas e se quer permitem que seus alunos possam divergir das suas opiniões. E cada um deles tem argumentos para sua defesa. Há o que acredita que a indisciplina surgiu depois que deram liberdade para o aluno se expressar e ainda defendem que deve entrar em sala com cara de bravo para que não tomem conta, e como se isso ainda não bastasse defendem que o ensino de antigamente era melhor, as crianças aprendiam mais.
Acredito que se a aula fosse bem planejada voltada para o interesse do aluno, ele participaria com prazer sem perder o respeito. Toda pessoa já vem com seu conhecimento prévio, que precisa ser levado em consideração.
Vivemos em uma sociedade onde estamos constantemente ensinando e aprendendo algo com alguém. O professor tem a função de mediador, fazendo a intervenção no processo de aprendizagem sempre que necessário. Fala-se muito em formar cidadãos críticos e atuantes capazes de modificar seu meio, mas na verdade o que vemos é um discurso vazio, pois se o aluno não pode dar sua opinião na sala de aula, quem dirá fora dela.
Defendo a idéia de que o ensino deve ser de acordo com a necessidade e a realidade dos nossos alunos. Ele deve ser flexível, interessante e desafiador, precisa levar o aluno a pensar, raciocinar, experimentar, confrontar, interagir, explorar, investigar e comparar para saciar sua curiosidade, dando continuidade da sua experiência, respeitando a individualidade e as limitações de cada um. Repetição pelo simples fato de reproduzir o que aprendeu já não tem mais significado. O texto é muito pertinente neste momento, pois faz com que possamos avaliar que tipo de professor estou sendo, que tipo de alunos queremos formar e para que de sociedade.

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