quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Crenças, Certezas e ideias anteriores.

Revendo minhas aprendizagens encontrei no inventário do Seminário Integrador II de Agosto de 2007

NO CAMPO PESSOAL
Referente a minhas crenças, certezas e ideias anteriores sobre a educação, é que sempre acreditei que o caminho para uma transformação social só acontecerá através da Educação, sei que tudo acontece muito lentamente e lendo os textos referentes a Maquinaria Escolar, Verbetes, etc, é possível constatar que eu estou certa. Ao longo dos séculos muito pouco se viu em termos de mudança na Educação, os desníveis educacionais são muito grandes, não há um sistema Nacional de Educação e, a que ai está até hoje, é muito precária. Ser um bom professor é acreditar no potencial de cada um dos seus alunos, é investir na capacidade e na auto-estima deles, é transformar cada passo por menor que seja em uma grande conquista.É dar condições para que seu aluno possa através dos conhecimentos e aprendizagens que adquiriu modificar o meio em que vive. è torná-lo cidadão capaz e atuante. Sempre acreditei que iria fazer um curso superior, e quando surgiu a oportunidade, fiquei na dúvida se iria enfrentar um vestibular na UFRGS, sempre ouvi dizer que era difícil e conheci várias pessoas que pagavam cursinhos e assim mesmo rodavam. Mas não desisti, fui apoiada pelos filhos, colegas, familiares e aceitei o desafio. Fui aprovada e ai começaram as mudanças.Tive que me esforçar ao máximo para dar conta do compromisso que assumi. Ir em busca de mais qualificação profissional requer muita dedicação, força de vontade e acima de tudo persistência para ver um sonho se realizando. As transformações estão acontecendo à todo instante, desde a forma como encaro este novo desafio até a maneira que preciso encontrar para organizar o meu dia.Eu tinha ideia que ensino à distância seria abrir as atividades uma vez por mês e que teria muito tempo para realizar as atividades.

COMO ESTUDANTE
Meu primeiro desafio como estudante foi vencer a barreira para dominar a tecnologia da informática, depois ter que me reorganizar para voltar a sala de aula.Tive que reestruturar toda minha vida. Ler para mim não é problema , pois sempre gostei muito. Tive que deixar algumas coisas de lado, estou tendo a oportunidade de rever meus conceitos sobre o que é mais importante.Uma educação que prima pela qualidade requer muita dedicação e tenho procurado me dedicar ao máximo, através das leituras e das atividades propostas estou ampliando o meu horizonte com aprendizagens significativas.Através das discussões nos fóruns estou podendo refletir constantemente sobre minha atuação e prática como aluna e professora.

COMO PROFESSORA
Como professora estou tendo a chance de me reciclar, pois estou em constante mudança. Cada texto, atividade, trabalho solicitado me permite avaliar o meu trabalho e rever minha prática na sala de aula e alterar algo que precisa ser modificado. Lendo os textos sobre a Psicogênese da Lingua escrita e os testes que foram aplicados, me deram um maior embasamento teórico para avaliar os níveis dos meus alunos. O trabalho sobre a descrição da minha sala de aula me oportunizou rever a organização dos espaços dentro e fora da sala. A disciplina de Psicologia e as leituras e o filme sobre Freud, me fizeram repensar em toda nossa existência, todos os nossos bloqueios, traumas... Analisando cada uma das fases da criança foi possível entender melhor os meus alunos e a saber como lidar com eles.Como professor, estamos sempre em busca do que é melhor para tornar nossa aula interessante e nosso ambiente agradável e acolhedor fazendo com que nosso aluno sinta prazer no ato de aprender.

COMO COLEGA
Como colega de um ensino à distância, me possibilitou através do Fóruns encurtar essa distância trocando ideias, tirando dúvidas, dando opiniões e a crescer um pouco mais como pessoa e dar minha contribuição através de minhas ideias. Sei que nem sempre a tecnologia está a nosso favor e isso muitas vezes acaba prejudicando o nosso trabalho, como é um instrumento novo para mim, muitas vezes tive que recorrer ao auxílio dos colegas, tutores e professores que prontamente nos auxiliam, acho que minha contribuição foi pouco,mas acredito que com o tempo será possível participar de forma mais assídua nos fóruns e debates.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Afetividade e Aprendizagem

Há relação entre Afetividade e Aprendizagem?

Este é o foco principal da minha pesquisa para o TCC. Preoupada com as relações entre Professor & Aluno, quero investigar até que ponto a afetividade pode auxiliar ou não na aprendizagem. Espero através de questionário, observação, levantamento de dados e referencias teóricos subsídios para conclusão deste trabalho.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Afetividade & Aprendizagem

Construção, de acordo com a teoria estudada, de uma história envolvendo um personagem professor fictício.

Sandra tinha acabado de se formar no curso de pedagogia e havia prestado concurso para professora municipal. Passou e logo foi chamada para assumir em uma escola no interior do município que morava. Ao se apresentar à escola recebeu uma turma de primeira série com vários casos de alunos reprovados por vários anos e fora da idade para a série. Ficou assustada e ao conversar com as novas colegas da escola já foi logo ouvindo: tu és quem vais assumir aquela bomba? Nem te assusta, são todos burros, já fizeram de tudo e não adianta. Eles não querem nada com nada, os pais nem aparecem na escola, já são casos perdidos. Após ouvir todos aqueles comentários, deu o sinal ela foi conhecer sua turma. Eram crianças de uma comunidade muito carente, tinha o olhar triste e melancólico, suas roupas, seus materiais, a sala de aula tinha um aspecto feio e desagradável. Sandra se apresentou e pediu que cada um fizesse o mesmo. Pedro um dos alunos mais velho retrucou: pra que, se fazemos isso toda semana e as professoras vão embora? Então Sandra perguntou: vocês acham que eu também vou embora? E eles responderam em coro: achamos ninguém gosta de nós. Naquele momento Sandra se sentiu tocada pela tristeza dos alunos e resolveu topar o desafio e assumir a turma. Conversou longamente com as crianças tentando conhecer um pouco sobre cada um.
Depois marcou uma entrevista com cada um dos pais, e a seguir elaborou um questionário para saber mais sobre a realidade deles.
Foram fazer passeios na comunidade conhecendo as casas. Aos poucos professora e alunos foram criando uma relação de afetividade, adquirindo confiança mútua. Sandra foi colhendo alguns referenciais importantes para organizar o seu planejamento. Ela apostou na capacidade e na auto-estima, valorizando as habilidades de cada um e formando um grupo onde todos contribuíam com suas idéias para o crescimento de todos.
Arrumaram a sala de aula com cartazes coloridos, pintaram as paredes com a colaboração dos próprios pais, deixaram a sala um ambiente agradável e acolhedor. A professora fez uma campanha do agasalho com parentes e amigos, conseguiu alguns brinquedos, confeccionou jogos com os alunos e de forma lúdica e criativa conseguiu trabalhar de forma diferenciada.
Aos poucos foi despertando a curiosidade e o interesse deles em querer descobrir mais novidades e foi surgindo o desejo de aprender e todos foram envolvidos num processo de ensino aprendizagem onde a troca de saberes acontecia de forma natural.
Sandra conseguiu elaborar um projeto onde valorizar o indivíduo e a sua capacidade foi o objetivo principal. Conseguiu fazer isso tanto com os pais quanto com seus alunos. Acreditando que nenhum aluno é tabula rasa, ela investiu tudo que pode para desmistificar aquele rótulo de que seus alunos não tinham mais jeito. Suas aulas partiram do interesse e da realidade deles. À medida que o tempo passava havia um elo de ligação muito forte entre Sandra e seus alunos. Muitas vezes alguns alunos chegavam a chamá-la de mãe, transferindo a ela a afetividade que sentiam por seus pais, outros se identificavam tanto com a professora que diziam que quando crescessem queriam ser professora que nem ela. Sandra conseguiu transformar seus alunos em sujeitos críticos e atuantes inseridos em suas comunidades e capazes de transformar o seu meio. Sandra conseguiu mostrar para toda escola que quando um trabalho é feito com amor, envolvimento coletivo e prazer se consegue realizar um bom trabalho e foi o que ela fez e o resultado só podia ser a aprovação da sua turma.

Retirado do trabalho de psicologia Trilha Psicanalítica – Atividade 6 de 15/06/2007

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Aprendizagem & Ludicidade

A partir das leituras feitas pude fazer um aprofundamento teórico e esclarecer algumas dúvidas em relação a determinados assuntos. Cito como exemplo um dos textos da disciplina de Ludicidade, Teorias Psicológicas Sobre Brincadeira que dá um entendimento mais amplo sobre o que as crianças querem expressar brincando através das diferentes opiniões de Piaget, Vygotsky e Freud. E que a brincadeira é uma forma de contribuição para o desenvolvimento infantil, dando-me maior segurança para trabalhar através do lúdico sem achar que estou brincando por brincar. Segundo Tânia Fortuna em entrevista na TV COM, diz que brincar é um instrumento de transformação social, mas quando a atividade lúdica é realizada na escola ela pode produzir significado na aprendizagem e conseqüentemente sucesso escolar e isso eu pude constatar em minha sala de aula, pois através de jogos e atividades pedagógicas diferentes pude alfabetizar alunos com dificuldades de aprendizagem onde apresentaram um desempenho melhor e uma participação mais efetiva. Por que através do brincar a criança começa a entender como as coisas funcionam, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo, como ela gostaria que fosse, o que a preocupa e os problemas que a cercam, e aprendem que existem regras que devem ser respeitadas, regras estas que são necessárias para a boa convivência com o outro.
Brincar é uma atividade séria e se todos os professores tivessem essa consciência talvez pudessem proporcionar aulas mais prazerosas, divertidas e interessantes para seus alunos e quem sabe problemas como evasão e repetência diminuíssem ou desaparecessem.
Retirado do meu portfolio de aprendizagem EixoIII 2007