terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aprendizagem

Baseada nas leituras, minha concepção em relação à aprendizagem é de que ela ocorre com mais facilidade através da troca de e da convivência, e isso posso garantir por experiência própria.
Enquanto aluna de um ensino basicamente à distância, sei que devo ter autonomia, mas sinto a necessidade da troca com os colegas e uma explicação do professor onde possa captar melhor aquilo que é solicitado, pois lendo apenas, a interpretação parece que não é a mesma.
Tenho mais facilidade para entender quando posso questionar e tirar minhas dúvidas e interagir diretamente com o grupo.
Nós professoras sabemos que nem todos aprendem ao mesmo tempo e nem da mesma forma, por este motivo é necessário propiciar diferentes maneiras para que o aluno atinja os objetivos da aprendizagem.
Levando em conta a teoria e a realidade conhecida sabe-se que não basta o indivíduo ter doze para atingir o operatório formal, pois existem pessoas com a idade e que não conseguem atingir as operações formais. A mesma coisa se repete quando os adultos atingem os dezoito anos de idade. Conforme vimos no conteúdo anterior.
Através do conhecimento das características dos estágios podemos entender nossos alunos e saber em qual estágio eles se encontram.
A educação deve ser vista como um processo de interação, de troca onde conteúdos com respostas prontas não são interessantes. Aprende-se mais e melhor quando há troca de experiências, onde é possível interagir com seu meio.
Sabemos que não é fácil para o professor entender que o raciocínio do aluno é diferente do seu, mas como vivemos aprendendo e nos transformando a cada dia, talvez um dia se de conta.

3 comentários:

Tutora Daisy disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tutora Daisy disse...

Genial, Nara!
Ótima reflexão!

Sobre a EAD, existe uma outra forma de interagir, que é por meio das tecnologias da informação e da comunicação. Precisamos, neste caso, aprender a usar MSN, fóruns, bate-papos, e-mails, listas de discussão. Mas, para isso, precisa-se de um tempo realmente para dominar esses recursos e usá-los a nosso favor.

Colo no próximo comentário, um que escrevi para a colega Carmen e que acredito completa a idéia a partir do seu post.

Tutora Daisy disse...

Na verdade, essas idades, comentadas a partir das pesquisas de Piaget, são médias, ou seja, uma criança pode alcançar determinadas aprendizagens antes ou depois dessa média. Não podemos nos amarrar a elas, porque, como você disse, há outras questões em jogo: experiências anteriores, contexto (coisas que são oferecidas, que estão à disposição do sujeito), saúde, etc.
O que Piaget fez foi dizer o que é universal, o que todo mundo passa. Por exemplo: na biologia, dizemos que a circulação do sangue das pessoas acontece de uma determinada forma para todos. Mas, sabemos que podem ocorrer problemas circulatórios os quais podem dificultar a maturação dessa circulação, por exemplo. Piaget era biólogo. Então, ele trouxe essa experiência da Biologia para explicar como as pessoas conhecem. Ou seja, com essa universalidade. Não explicou os problemas que podem acontecer nesse processo ou aquilo que pode dificultar seu avanço. Isso já levaria outra vida, né?