quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Olhares sobre o ensino.

Lendo a reportagem de António Nóvoa na revista Nova Escola deste mês, achei bastante interessante, principalmente a parte onde ele diz que "Com a crise do Estado iniciada nas últimas décadas, também a "lógica pública" do sistema educacional responde mal às demandas sociais. E que "Foi uma das grandes mentiras do século XX dizer às classes populares que, se fizessem um grande esforço para obter um diploma escolar, teriam uma vida melhor. Realmente, concordo com ele quando diz que há uma necessidade de resignificar o sentido da escola. E posso dizer que esta ideia está muito forte na mente da maioria dos pais e de alguns alunos, pois quando perguntamos a eles para que vêem à escola? Eles respondem: para estudar.- Para que? - Para ser alguém na vida. Como se quem não fosse à escola não fosse alguém na vida. E como se hoje ter um diploma seria o contrário.

Um comentário:

Tutora Daisy disse...

Pois é... Diploma não é sinônimo de "uma vida melhor", ou seja, um emprego. Por outro lado, é possibilidade de qualificação e de construção de conhecimento. É um contexto contraditório. Espera-se, agora, que os sujeitos sejam formados para empreender, questionar, argumentar, posicionar-se, criar, enfim, enfatizando uma posição da escola não como conteudista, mas como formadora de cidadãos. Informações são encontradas com facilidade na Internet, por exemplo. Logo, apenas repassá-las não basta. É preciso algo mais, formar pesquisadores, curiosos, pessoas que gostem de aprender. Não é uma missão fácil, mas se faz cada vez mais necessária.

Abraço