quarta-feira, 20 de outubro de 2010

As normas morais, a justiça...

A criança aprende a respeitar as regras ou as normas morais vivendo em sociedade. De acordo com Piaget (1977, p. 280), "A medida que a criança cresce, a submissão de sua consciência à consciência adulta parece-lhe menos legítma e salvo os casos de desvios morais propriamente ditos, que são constituídos pela submissão interior definitiva ( os adultos que continuam crianças por toda a vida) ou pela revolta durável, o respeito unilateral tende, por si mesmo, ao respeito mútuo e a relação de cooperação à qual constitui o equilíbrio moral". Portanto, a noção de justiça evoluiu. É preciso então que a sociedade dê as crianças exemplos positivos de justiça, respeito e solidariedade para que ela possa se desenvolver plenamente através de modelos positivos.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Significação de Vilência na Escola:

Significações de violência na Escola: Equívocos da compreensão dos processos de Desenvolvimento moral na criança?

Nunca se ouviu falar tanto em violência na escola como nos últimos tempos.
Agressões verbais e físicas contra professores, entre colegas, falta de respeito e de limites. A escola na tentativa de encontrar uma solução para o problema cria projetos, normas de convivência, regras da turma que muitas vezes acaba não funcionando. É preciso que as regras sejam construídas junto com os alunos para que eles sintam-se responsáveis pelo cumprimento das mesmas. Trabalho com alunos da segunda série do ensino fundamental de nove anos, com idade entre 7 e 8 anos, que segundo a concepção de Piaget estão na fase da construção de noções de justiça, solidariedade, intencionalidade e responsabilidade, portanto criamos as regras da turma em conjunto, onde eles é que decidem o que será feito caso não cumpram os combinados. Em situações de conflito, primeiro ouço cada um deles, depois peço que um colega escute o que o outro tem a dizer, então peço que pensem em suas atitudes para ver quem tem razão e o que estiver errado que peça desculpas para o colega. Na questão da justiça eles sempre acham que o outro que é o culpado ou então que o professor não lhe ouviu e está lhe culpando injustamente.
Outro dia presenciei uma situação onde um aluno agrediu o outro colega no recreio, então me aproximei e questionei porque ele havia agredido o colega e o que agrediu disse que por nada, é que ontem ele passou por mim e me empurrou na saída. Então chamei o outro que havia apanhado e questionei, e ele disse que nem tinha visto o colega na saída. Na verdade o menino havia agredido o colega sem nenhum motivo. Fiz com que ele se colocasse no lugar do colega e refletisse sobre sua atitude e que sugerisse o que eu deveria fazer com ele já que havia errado. Ele sugeriu que deveria ficar sentado só olhando os colegas brincar durante o recreio. Também é verdade que muitas situações acontecem principal mente na sala de aula ou porque a aula não é interessante para o aluno ou porque muitas vezes o professor como ser autoritário e detentor do poder não respeita a opinião ou a vontade do aluno, é claro que não estou defendendo que o aluno deva fazer o que quer, nem tampouco que todo professor é autoritário, mas sabemos que muitas situações de conflito surgem por estes motivos. O aluno para respeitar precisa ser respeitado também e ele precisa adquirir confiança no professor. O aluno que apresenta problemas de disciplina normalmente é aquele que já tem um rótulo, que tem uma baixa auto-estima, vem de famílias desestruturadas onde a violência é sua companheira diária. E à escola que deveria lhe acolher, acaba por lhe excluir.
É preciso que a escola reveja o seu papel e que o professor conheça um pouco mais sobre as fases da criança para saber lidar com elas. É preciso que o professor se coloque no lugar da criança para saber como gostaria de ser tratado. Outro dia na sala dos professores uma colega contou uma situação de discriminação e injustiça que aconteceu com sua filha e estava indignada, só que outro dia ela estava fazendo exatamente a mesma coisa com um aluno e julgando que estava certa. Quer dizer tenho dois pesos e duas medidas, na minha filha é injusto, com o filho dos outros não tem problemas.
Retirado

Retirado do trabalho: Desenvolvimento e Aprendizagem sob Enfoque da Psicologia lI de22/06/2009

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

“Quando se trata de aprendizagens eu acredito que passamos a vida inteira aprendendo e ensinando.”

Referente a uma das minhas aprendizagens e que me marcou muito nos últimos tempos, foi sem dúvida, o acesso a tecnologia. Ela aconteceu em casa e na escola, o material utilizado para essa aprendizagem foi o computador.
Quando prestei vestibular para o curso do PEAD, jamais imaginei a tortura que seria aprender a manusear um computador. Quando meu filho começou a trabalhar no banco Bradesco foi obrigado adquirir um computador, pois o banco oferece vários cursos que precisam ser realizados on-line. Eu com medo de mexer e apagar seus cursos, o máximo que fazia com o que tínhamos em casa era tirar o pó e bem de leve. Iniciado o curso tivemos como ferramenta fundamental e necessária, o bendito, que sufoco. Quantas lágrimas e horas perdidas, pois para utilizar, dependia dos filhos que também fazem faculdade e não estavam ali para me ajudar. Quantos trabalhos perdidos que não eram salvos e deletava. Devido à necessidade tive que aprender na marra, comprei um só para mim, para não correr o risco de apagar os trabalhos dele ou mexer no que não devia e estragar. Obtive maior segurança, estava mexendo no que era só meu,mesmo que apagasse era só refazer novamente. Tive que conhecer o objeto, entender como funcionava, interagir com ele, perder o medo do desconhecido. De certa forma precisei de outras pessoas para iniciar a aprendizagem, mais foi interagindo diretamente com ele que obtive maior controle. Tive que ler algumas instruções e ir manuseando passo a passo em alguns casos, em outros como não há instruções tenho que ir me virando do jeito que posso aperto todas as teclas, reviro até dar certo ou desisto e espero alguém para me auxiliar. Várias ações e reflexões são necessárias até ver funcionando o danado. Parece tão simples, mas vive dando o que fazer. Quando penso que já aprendi a lidar aparece um novo trabalho e que precisa de outra ferramenta ou programa que desconheço, começa o drama. Ainda bem que no final sempre aprendo algo novo e amplio meus conhecimentos. Por este motivo acho importante na sala de aula proporcionar aos alunos este contato e a interação com o objeto para que a aprendizagem realmente se efetive, pois assim saberemos que uma vez aprendido jamais será esquecido.

Retirado da disciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob Enfoque da Psicologia ll de 13/04/2009

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Crenças, Certezas e ideias anteriores.

Revendo minhas aprendizagens encontrei no inventário do Seminário Integrador II de Agosto de 2007

NO CAMPO PESSOAL
Referente a minhas crenças, certezas e ideias anteriores sobre a educação, é que sempre acreditei que o caminho para uma transformação social só acontecerá através da Educação, sei que tudo acontece muito lentamente e lendo os textos referentes a Maquinaria Escolar, Verbetes, etc, é possível constatar que eu estou certa. Ao longo dos séculos muito pouco se viu em termos de mudança na Educação, os desníveis educacionais são muito grandes, não há um sistema Nacional de Educação e, a que ai está até hoje, é muito precária. Ser um bom professor é acreditar no potencial de cada um dos seus alunos, é investir na capacidade e na auto-estima deles, é transformar cada passo por menor que seja em uma grande conquista.É dar condições para que seu aluno possa através dos conhecimentos e aprendizagens que adquiriu modificar o meio em que vive. è torná-lo cidadão capaz e atuante. Sempre acreditei que iria fazer um curso superior, e quando surgiu a oportunidade, fiquei na dúvida se iria enfrentar um vestibular na UFRGS, sempre ouvi dizer que era difícil e conheci várias pessoas que pagavam cursinhos e assim mesmo rodavam. Mas não desisti, fui apoiada pelos filhos, colegas, familiares e aceitei o desafio. Fui aprovada e ai começaram as mudanças.Tive que me esforçar ao máximo para dar conta do compromisso que assumi. Ir em busca de mais qualificação profissional requer muita dedicação, força de vontade e acima de tudo persistência para ver um sonho se realizando. As transformações estão acontecendo à todo instante, desde a forma como encaro este novo desafio até a maneira que preciso encontrar para organizar o meu dia.Eu tinha ideia que ensino à distância seria abrir as atividades uma vez por mês e que teria muito tempo para realizar as atividades.

COMO ESTUDANTE
Meu primeiro desafio como estudante foi vencer a barreira para dominar a tecnologia da informática, depois ter que me reorganizar para voltar a sala de aula.Tive que reestruturar toda minha vida. Ler para mim não é problema , pois sempre gostei muito. Tive que deixar algumas coisas de lado, estou tendo a oportunidade de rever meus conceitos sobre o que é mais importante.Uma educação que prima pela qualidade requer muita dedicação e tenho procurado me dedicar ao máximo, através das leituras e das atividades propostas estou ampliando o meu horizonte com aprendizagens significativas.Através das discussões nos fóruns estou podendo refletir constantemente sobre minha atuação e prática como aluna e professora.

COMO PROFESSORA
Como professora estou tendo a chance de me reciclar, pois estou em constante mudança. Cada texto, atividade, trabalho solicitado me permite avaliar o meu trabalho e rever minha prática na sala de aula e alterar algo que precisa ser modificado. Lendo os textos sobre a Psicogênese da Lingua escrita e os testes que foram aplicados, me deram um maior embasamento teórico para avaliar os níveis dos meus alunos. O trabalho sobre a descrição da minha sala de aula me oportunizou rever a organização dos espaços dentro e fora da sala. A disciplina de Psicologia e as leituras e o filme sobre Freud, me fizeram repensar em toda nossa existência, todos os nossos bloqueios, traumas... Analisando cada uma das fases da criança foi possível entender melhor os meus alunos e a saber como lidar com eles.Como professor, estamos sempre em busca do que é melhor para tornar nossa aula interessante e nosso ambiente agradável e acolhedor fazendo com que nosso aluno sinta prazer no ato de aprender.

COMO COLEGA
Como colega de um ensino à distância, me possibilitou através do Fóruns encurtar essa distância trocando ideias, tirando dúvidas, dando opiniões e a crescer um pouco mais como pessoa e dar minha contribuição através de minhas ideias. Sei que nem sempre a tecnologia está a nosso favor e isso muitas vezes acaba prejudicando o nosso trabalho, como é um instrumento novo para mim, muitas vezes tive que recorrer ao auxílio dos colegas, tutores e professores que prontamente nos auxiliam, acho que minha contribuição foi pouco,mas acredito que com o tempo será possível participar de forma mais assídua nos fóruns e debates.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Afetividade e Aprendizagem

Há relação entre Afetividade e Aprendizagem?

Este é o foco principal da minha pesquisa para o TCC. Preoupada com as relações entre Professor & Aluno, quero investigar até que ponto a afetividade pode auxiliar ou não na aprendizagem. Espero através de questionário, observação, levantamento de dados e referencias teóricos subsídios para conclusão deste trabalho.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Afetividade & Aprendizagem

Construção, de acordo com a teoria estudada, de uma história envolvendo um personagem professor fictício.

Sandra tinha acabado de se formar no curso de pedagogia e havia prestado concurso para professora municipal. Passou e logo foi chamada para assumir em uma escola no interior do município que morava. Ao se apresentar à escola recebeu uma turma de primeira série com vários casos de alunos reprovados por vários anos e fora da idade para a série. Ficou assustada e ao conversar com as novas colegas da escola já foi logo ouvindo: tu és quem vais assumir aquela bomba? Nem te assusta, são todos burros, já fizeram de tudo e não adianta. Eles não querem nada com nada, os pais nem aparecem na escola, já são casos perdidos. Após ouvir todos aqueles comentários, deu o sinal ela foi conhecer sua turma. Eram crianças de uma comunidade muito carente, tinha o olhar triste e melancólico, suas roupas, seus materiais, a sala de aula tinha um aspecto feio e desagradável. Sandra se apresentou e pediu que cada um fizesse o mesmo. Pedro um dos alunos mais velho retrucou: pra que, se fazemos isso toda semana e as professoras vão embora? Então Sandra perguntou: vocês acham que eu também vou embora? E eles responderam em coro: achamos ninguém gosta de nós. Naquele momento Sandra se sentiu tocada pela tristeza dos alunos e resolveu topar o desafio e assumir a turma. Conversou longamente com as crianças tentando conhecer um pouco sobre cada um.
Depois marcou uma entrevista com cada um dos pais, e a seguir elaborou um questionário para saber mais sobre a realidade deles.
Foram fazer passeios na comunidade conhecendo as casas. Aos poucos professora e alunos foram criando uma relação de afetividade, adquirindo confiança mútua. Sandra foi colhendo alguns referenciais importantes para organizar o seu planejamento. Ela apostou na capacidade e na auto-estima, valorizando as habilidades de cada um e formando um grupo onde todos contribuíam com suas idéias para o crescimento de todos.
Arrumaram a sala de aula com cartazes coloridos, pintaram as paredes com a colaboração dos próprios pais, deixaram a sala um ambiente agradável e acolhedor. A professora fez uma campanha do agasalho com parentes e amigos, conseguiu alguns brinquedos, confeccionou jogos com os alunos e de forma lúdica e criativa conseguiu trabalhar de forma diferenciada.
Aos poucos foi despertando a curiosidade e o interesse deles em querer descobrir mais novidades e foi surgindo o desejo de aprender e todos foram envolvidos num processo de ensino aprendizagem onde a troca de saberes acontecia de forma natural.
Sandra conseguiu elaborar um projeto onde valorizar o indivíduo e a sua capacidade foi o objetivo principal. Conseguiu fazer isso tanto com os pais quanto com seus alunos. Acreditando que nenhum aluno é tabula rasa, ela investiu tudo que pode para desmistificar aquele rótulo de que seus alunos não tinham mais jeito. Suas aulas partiram do interesse e da realidade deles. À medida que o tempo passava havia um elo de ligação muito forte entre Sandra e seus alunos. Muitas vezes alguns alunos chegavam a chamá-la de mãe, transferindo a ela a afetividade que sentiam por seus pais, outros se identificavam tanto com a professora que diziam que quando crescessem queriam ser professora que nem ela. Sandra conseguiu transformar seus alunos em sujeitos críticos e atuantes inseridos em suas comunidades e capazes de transformar o seu meio. Sandra conseguiu mostrar para toda escola que quando um trabalho é feito com amor, envolvimento coletivo e prazer se consegue realizar um bom trabalho e foi o que ela fez e o resultado só podia ser a aprovação da sua turma.

Retirado do trabalho de psicologia Trilha Psicanalítica – Atividade 6 de 15/06/2007

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Aprendizagem & Ludicidade

A partir das leituras feitas pude fazer um aprofundamento teórico e esclarecer algumas dúvidas em relação a determinados assuntos. Cito como exemplo um dos textos da disciplina de Ludicidade, Teorias Psicológicas Sobre Brincadeira que dá um entendimento mais amplo sobre o que as crianças querem expressar brincando através das diferentes opiniões de Piaget, Vygotsky e Freud. E que a brincadeira é uma forma de contribuição para o desenvolvimento infantil, dando-me maior segurança para trabalhar através do lúdico sem achar que estou brincando por brincar. Segundo Tânia Fortuna em entrevista na TV COM, diz que brincar é um instrumento de transformação social, mas quando a atividade lúdica é realizada na escola ela pode produzir significado na aprendizagem e conseqüentemente sucesso escolar e isso eu pude constatar em minha sala de aula, pois através de jogos e atividades pedagógicas diferentes pude alfabetizar alunos com dificuldades de aprendizagem onde apresentaram um desempenho melhor e uma participação mais efetiva. Por que através do brincar a criança começa a entender como as coisas funcionam, podemos compreender como ela vê e constrói o mundo, como ela gostaria que fosse, o que a preocupa e os problemas que a cercam, e aprendem que existem regras que devem ser respeitadas, regras estas que são necessárias para a boa convivência com o outro.
Brincar é uma atividade séria e se todos os professores tivessem essa consciência talvez pudessem proporcionar aulas mais prazerosas, divertidas e interessantes para seus alunos e quem sabe problemas como evasão e repetência diminuíssem ou desaparecessem.
Retirado do meu portfolio de aprendizagem EixoIII 2007